Yo ho, yo ho, uma vida de pirata para mim! Piratas da Eternévoa.
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Yo ho, yo ho, uma vida de pirata para mim! Piratas da Eternévoa.
Episódio 1
“Yo ho, yo ho, uma vida de pirata para mim.
Nós pilhamos e saqueamos e nós assaltamos tudo
Esvazie seu copo, companheiro, yo ho!
Nós sequestramos e destruímos e não deixamos pistas
Esvazie seu copo, companheiro, yo ho!”
(As histórias aqui contadas são prelúdios para o arco principal, se passam na época de “Burning Crusade”.)“Yo ho, yo ho, uma vida de pirata para mim.
Nós pilhamos e saqueamos e nós assaltamos tudo
Esvazie seu copo, companheiro, yo ho!
Nós sequestramos e destruímos e não deixamos pistas
Esvazie seu copo, companheiro, yo ho!”
Capitulo 1: Como enganar um Profeta.
-Alguns acham que “liberdade” é fazer tudo aquilo que se quer fazer. Bem... eu digo que é quase isso, mon cher... –
O galante elfo sangrento, de vestes pomposas, olhar verde penetrante e fala adocicada rodeou a nobre Draenaia, gentilmente acariciando sue pescoço com as costas das mãos enquanto destilava suas palavras perto de seus ouvidos...
-Mas eu digo que não. Digo que liberdade é ousar aquilo que ninguém mais ousa, ir aonde ninguém pensa que você se atreveria a ir. Fazer coisas que...-
Ele falou perto do pescoço dela, deixando seu hálito quente, levemente adocicado pelo rum, tocasse a pela ali, fazendo a jovem Draenaia se arrepiar e deixar escapar um sorriso.
-... apenas quem é realmente LIVRE pode fazer, minha doce viajante dimensional.-
Graciosamente o elfo girou a Draenaia em seus cascos, cintilando numa dança graciosa com ela... e a jovem paladina correspondia aos galanteios joçosamente.
Observando aquela cena, para eles grotesca e irritante, mais irritante ainda devido as constantes provocações lançadas pelo elfo, como beijinhos e piscadelas, o grupo de invasão draenico, que invadiriam Exodar em um plano de fuga desesperado, resmungava e reclamava em um tom baixo, mas perfeitamente audível.
-Como O Profeta permite esse ultraje? Confiar em um Elfo Sangrento, o mesmo tipo de ser que acaba de nos tomar a Bastilha da Tormenta??? –
Um dos generais Draenais chegava aos limites de sua tolerância. O Profeta confiava a invasão de Exodar a um bando de Elfos Sangrentos... a PIRATAS!?!?!? Pelos Naarus! Aquilo não poderia continuar. Ele desembainhou sua espada cristalina e caminhou em direção ao elfo galanteador, decidido a por um fim naquilo.
Porém uma mão segurou o general pelo braço. E um acenar negativo com a cabeça o dissuadiu.
-Não, General. Realizar tal ato irá demonstrar que você não confia na sabedoria, e nas visões proféticas, de nosso líder, Velen. Não pense que também me é agradável estar na mesma nau que estes Elfos Sangrentos. Mas Velen não arriscaria perder tudo numa aliança impensada.-
Não havia Draenei ou “Quebrado” que não conhecesse, e respeitasse, aquela criatura. O Clarividente Nobundo. Ele era o líder shamanico de toda uma raça, e tinha total confiança de Velen. O General observou Nobundo, diretamente nos olhos, e logo abaixou sua arma, retornando conformado para sua posição. Nobundo caminhou até o elfo dançarino, e bastou um olhar para a jovem paladina. Ela entendeu a severa repreensão, corando na hora, e se afastou do elfo, voltando a formação.
-Capitão. Creio que é hora de você começar sua parte na barganha...-
Nobundo argumentou calmamente. O elfo observou a jovem paladina se afastar, piscou rapidamente, e virou-se para o “Quebrado”.
Nesse momento ele não conseguiu esconder a expressão de desgosto ao observar a figura. Aproximou-se, extremamente exagerado nos gesto que fazia, arrumou o próprio chapéu de capitão, mas não conseguiu tirar os olhos dos tentáculos que exisitiam no queixo do Clarividente, seguindo seus movimentos com os olhos.
-Pode me chamar apenas de JUDHAS, sr. Xaman. Posso te fazer uma... pergunta?-
Judhas arqueou uma das sobrancelhas...
-Se for algo importante para nossa invasão iminente, sim.-
Nobundo falou com calma.
Judhas avançou, num passo pequeno, acompanhando os pequenos tentaculos se movendo com os olhos... e bem devagar, com a mão direita, ele segurou um dos tentáculos no queixo do xaman.
-Você os mexe de propósito, ou é algo sem controle? Como se concentra em qualquer outra coisa com essas... coisinhas... – Judhas soltou o pequeno tentáculo e gesticulou com os dedos no ar, fazendo uma careta.- essas coisinhas penduradas e se debatendo ai?
Judhas limpou a mão que tocou o xaman das vestes do próprio xaman.
Nobundo cerrou os olhos, finalmente parecendo irritado, abriu a boca para falar...
Mas foi interrompido.
A voz do profeta falou alto, de forma grave, encerrando as animosidades ali...
-Capitão Judhas, é chegado o momento. Eu liderarei os draenei, e todos seguiremos suas instruções. –
As tropas ergueram suas armas, levando-as ao peito, em honra ao Profeta.
-Certo, entendido. É hora do show. Esperem meu sinal e só ai vocês irão diretamente para Exodar, sem desvios. Entram naquela coisa e usam o truquesinho para sumir daqui e aparecer em outro lugar.-
Judhas virou-se para sua tripulação pirata.
-IMEDIATO RIGGS! Onde está você, seu poltrão??-
Judhas procurava alguém, olhando para a linha de cintura de todos ali.
-Aqui estou, Capitão Judhas! Pronto para o serviço!-
A vozinha aguda e esganiçada veio das costas do capitão, fazendo-o assustar num pequeno salto, levando seu chapéu de capitão ao chão. A pequena figura de um goblin, já de certa idade, estava parada logo atrás do capitão.
- Nunca mais faça isso, sua coisinha verde irritante! –
Judhas fez cara feia enquanto apontou para o próprio chapéu, que rapidamente foi recolhido pelo goblin e devolvido.
-Agora traga-me meu sabre e meu tapa-olho.
O goblin correu até os demais elfos, parte da tripulação, esbravejando e batendo neles com o próprio chapéu, até que eles o entregaram os itens solicitados. Riggs voltou até o capitão e o ofertou tudo.
Judhas prendeu o sabre a cintura, colocou o tapa-olho. A seguir desembainhou o sabre e gritou.
-PARA OS FALCODRACOS, HOMENS! Teremos moedas de ouro para contar e baús de jóias para carregar, cortesia de nossos contratantes!
Judhas sorriu em direção a jovem draenaia paladina... O sorriso foi retribuido por ela, que sequer notou que o alvo do sorriso era o grande anel de rubi que ele havia retirado do dedo dela, e que ele observava contra a luz das tochas de onde ela estava.
A nau etérea dos draenei, roubada anos no passado e agora com o nome de “Névoa Rubra”, sob o comando do Capitão Judhas Scarios, parou a uma distancia segura de Exodar.
-Sigam-me homens! E Sr. Riggs, você está no comando do meu navio!
Dezesete Falcodracos partiram da náu e seguiram em direção a Bastilha da Tormenta. Da tripulação pirata, apenas o Sr. Riggs havia ficado. Era estranho um capitão abandonar seua náu tão desprotegida...
“Apenas um goblin... pouco demais para defender...” Nobundo estava absorvido em seus pensamentos quando uma visão o tomou de assalto, fazendo-o levar a mão até a cabeça e cair de joelhos.
Próximo dali, Velen também parecia ter visto algo. Virou-se para suas tropas e falou.
-Draenai! Tomem a nau e avancemos o mais depressa possível para Exodar. Temos pouco tempo, o capitão não irá retornar!
Longe dali, já na Bastilha da Tormenta, o Capitão Judhas pousava seu falcodraco logo a frente de um pequeno grupo de elfos sangrentos. Pousaram ali dezeseis elfos da tripulação pirata.
-Como prometido lá estão Velen e Nobundo.-
Judhas sorriu matreiramente neste momento.
Um dos elfos ali se adiantou, cumprimentando o capitão Judhas com um aperto de mãos.
-Impressionante, Sr. Judhas Scarias! Me pergunto porque você e seu bando não entram para minha equipe de comandados... Afinal, abaixo de nosso líder Kaelthas, apenas eu, PANTALEÃO, O CALCULISTA, posso oferecer as recompensas necessárias para um grupo tão eficaz.
-Não me bajule, grande Pantaleão...
Judhas o cumprimentou e sorriu.
-Eu jamais poderia permitir que umas criaturas feias e com... – Gesticulou com os dedos das mãos logo a frente do rosto, fazendo careta, imitando os tentáculos no queixo de Nobundo – aquelas coisinhas irritantes no rosto tomassem um lugar com tantos segredos... como MECANAR...
Pantaleão pareceu espantado, arregalando os olhos neste momento.
-Mecanar??? Mas porque Mecanar? Pensavamos que...
Judhas interrompeu Pantaleão neste momento.
-Parece que o Profeta conhece um dispositivo em Mecanar que poderia expulsar todas as criaturas que não são Draenai da Bastilha da Tormenta! Ainda bem que você, O CALCULISTA, obviamente já sabia disso e preparou um grande contingente de soldados os aguardando lá!
O capitão pirata abraçou Pantaleão pelos ombros piscando e sorrindo, como se fossem velhos amigos. O Calculista, tentando não demonstrar surpresa, rapidamente se desvencilhou e sorriu de forma tênue. Logo ele caminhou para seus soldados, murmurando algo. Esses soldados logo adentraram a Bastilha. Pantaleão virou-se de novo para Judhas e o chamou.
-Venha, deve estar ansioso para sua recompensa... Lord Kaelthas oferece apenas o que é de melhor para seus súditos. Beberemos pelos sindorei!
Judhas caminhou junto com Pantaleão, seguido pelos demais piratas... exceto pelo Décimo Sétimo Pirata, que não havia pousado ali...
Ele observava a repentina movimentação de tropas em Exodar, no Jardim Botânico e em Arcatraz...
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