Dragões Púrpura
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A Queda da Dragonesa, parte 1

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Mensagem por Rapultinsky Ter Jun 11, 2013 4:23 pm

As cavernas do tempo sempre foram um lugar fantástico, e Ygrádorna como se chamava então Ygradza, adorava o calmo e languido som que produziam as areias descendo e subindo pela Ampulheta da Eternidade.
Era sua vez de fazer a patrulha ao redor da enorme Ampulheta e Ygradaza se divertia em observar seu irmão mais novo Andormu, sob a forma de uma criança explicar aos novos aventureiros sobre as cavernas, bem talvez novos não fosse a palavra correta, eles eram novos ali, em outras linhas não tinham nascido, ou eram velhos ou, enfim existia um sem número de possibilidades e as vezes só de pensar em todas elas, mesmo sua mente dracônica se espantava e confundia.
A grande Dragonesa de bronze nem podia imaginar como seu tio, o Aspecto do Tempo podia lidar com tantas e infinitas realidades, tantas linhas de tempo diferentes e como ela adorava Nozdormu, sua mente e sabedoria pareciam-lhe infinitas.
- Ygrádorna – chamou a poderosa voz em sua mente e a Dragonesa sorriu-se por dentro, poderia reconhecer aquela voz em qualquer lugar.
- Aqui estou! – respondeu humildemente
- Há algo em que preciso de ti, Sa’at foi designado para guardar a interferência temporal no Lamaçal Negro , mas não consigo mais contatá-lo, siga até ele e descubra o que houve!
- Eu ouço e obedeço.
Uma leve inclinação de suas poderosas asas e a dragonesa já se dirigia para a linha temporal designada, sentia-se ansiosa não só pela missão lhe ter sido confiada em detrimento aos outros guardiões mais velhos ali presentes, mas também por que iria ver Sa’at, já fazia algum tempo que o belo e jovem dragão lhe causava formigamentos sob as escamas douradas.
Ela seguiu graciosamente planando pelo túnel que levava a interferência temporal, o portal se assomava à su frente, Ygradza sentiu pouco antes de atravessá-loa que algo estava errado, mas não se deteve, era uma dragonesa, o que poderia temer.
O mundo desfez-se ao seu redor enquanto viajava pelo espaço vazio entre as linhas do tempo, como aprendera a fazer desde nova, dirigiu-se a já conhecida perturbação que a revoada Inifinita tentava causar no momento da abertura do portal negro, entretanto por mais que se esforça-se em ir em direção àquela linha de tempo ela parecia cada vez mais distânte, perdida, uma sensação claustrofóbica se instalou no coração dourado da dragonesa um segundo antes de tudo ruir.
Foi com um temor que jamis imaginou poder esperimentar que Ygradza viu as linhas do tempo se romperem e como fios de aço excessivamente esticados ricochetearem pelo vazio enquanto eram puchados juntamente com tudo o mais na mesma direção um buraco negro que antes que ela se desse conta também a engorfou.
Rapultinsky
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Mensagem por Rapultinsky Ter Jun 11, 2013 4:25 pm

Quando a Dragonesa dourada abriu seus olhos ela vislumbrou, horrorizada, o fim de todas as coisas, a mais temida de todas as horas, o crepúsculo final e ali no centro do fim, o cerne de toda aquela destruição Moruzond, aquele mesmo ser que tanto a impressionava em sua bondade, sabedoria e esmero, ali a aterrorizava em sua forma mais decadente e corrupta, a perversão completa de tudo que a sua revoada deveria ser.
Uma tristeza e desesperos inefáveis tomaram Ygradza, ela viu ao longe Sa’at lutanto.... contra ele mesmo, um ele mesmo futuro e terrível. Era demais mais do que ela podia suportar ver, foi então que ele se virou para ela os terrívies olhos sombrios da aspecto caído a olharama penas por um instânte e em sua mente a voz tão conhecida reverberou dilacerando todo o seu ser:
- Bem vinda ao seu destino, sobrinha!
O urro de horror e desespero escapou por entre os seus dentes afiados e Ygradza se viu lançada entre as linhas temporais todas elas ruindo e ela própria ruindo conjuntamente se corrompendo, tinha alcançado aquele tempo, era a hora em que ela mesma se convertiria em um membro da revoada infinita e lutaria contra tudo e todos que um dia amou e zelou.
¬- Não! – foi o pensamento determinado que escapou de usa mente - eu não permitirei isso, nunca!!!
Enlouquecida Ygradza empinou e voou na direção do fim, aquela última e terrível luz antes da mais completa escuridão, a corrupção se espalhava rapidamente como um lepra incurável, mas não haveria tempo ela deixaria de existir para sempre, como se nunca houvesse havido em qualquer tempo ou lugar, sentiu-se covarde por não ajudar aos outros na batalha, mas não havia nada que pudesse fazer, se ficasse, se voltaria contra eles, os destruiria talvez, não, era a decisão mais acertada e foi com essa resignação que a bela dragonesa sentiu-se desfazer, sua carne já quase toda corrupta suas moléculas, sua mente, sua alma.



Não havia tempo, espaço ou energia, nada o último resquício de si mesma estava para desaparecer o cerne dela mesma, sua essência quando então ela sentiu-se puxada de volta.
Como que emergida do mais profundo dos oceanos Ygradza abriu os olhos. Estava num lugar secreto, um Refúgio Rubi, à sua frente a Guardiã da Vida e o Aspecto do Tempo se postavam.
- Bem vinda de volta renascida.
A Voz era poderosa, mas maternal e vivificante, como o hálito da própria vida, a jovem dragonesa nunca antes sentira tamanha intensidade vinda de Alexstrasza.
Quando se mecheu porém para reverenciá-la, foi que percebeu, não era mais ela mesma, estava sob uma forma completamente diferente, menor, mais frágil.
- o que houve comigo?! [/i]
- A linha de tempo em que você nasceu deixou de existir e com ela você deixou de existir... tudo e todos que já a conheceram se esqueceram de ti... por minha culpa... – e a voz profunda de Nozdormu estava carregada de pesar e remorso – e por isso eu a salvei, recuperei sua essência e Alexstrasza deu-lhe esta nova forma, por isso será chamada Ygradza.

Não houveram palavras ou pensamentos que puderam expressar o que a dragonesa sentiu naquele momento.

- Há então aí esta ela, fico feliz que tenha podido salvá-la Alexstrasza – a voz de Kalecgos ressoou como o mar arrebentando suas ondas contra a praia.Ygradza, mal teve tempo de pensar em qualquer coisa e com um gesto da mão o novo Aspecto da Magia abriu um portal que sugou Ygradza.

Quando ela abriu seus olhos novamente, estava nos jardins do palácio, em Vento Bravo. Uma última vez a voz de seu antigo senhor ressoou em sua mente.

- Nunca serás por mim esquecida, tenha uma boa nova vida, minha sobrinha.
Rapultinsky
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